LAGOA DO IMARUI
Texto editado pelo
professor Luiz César da Rosa em 21/05/1989
Canoas de Convéns (grandes
embarcações) carregada de produtos agrícolas como laranjas, bananas, ameixas,
jabuticabas e outros frutos, farinha, batatas, melado, peixe escalado e seco ao
sol ou conservado ao sal. Tudo isso era levado para o então promissor MERCADO
de Laguna e por vezes era embarcado no trem para outras praças como Tubarão,
Criciúma, Urussanga, Lauro Muller eram comercializados (trocados) por tecidos,
calçados, carne e manteiga , banha e derivados de bovinos, por outros
utensílios de pesca, domésticos, pecuários e agrícolas. A Lagoa de Imaruí era
talhada pelo vai e vem dessas grandes embarcações diariamente.
Na referida lagoa ocorreu um fato
da HISTÓRIA DO BRASIL, registrado no Livro de Pedro Antonio Correa. Passo então a
relatar resumidamente o que entendi na leitura de CACHOEIRA DOS PILÕES.
No dia 21 de abril de 1792, com o
envolvimento de toda a Côrte Imperial da Capital Rio de Janeiro, na sentença da
Morte de Tiradentes, o então CORONEL MACEDO que fazia a guarda do Palácio fugiu
em um VELEIRO levando um BAÚ CHEIO DE OURO, que eram levados para a Corôa
(Portugal) para pagar parte da dívida na compra de CARAVELAS construídas pela
INGLATERRA. E, rumo ao Sul pela encosta, chegou à Barra de Laguna entrando na
Lagoa Santo Antonio, mas como queria se refugiar exigia dos ESCRAVOS que
remassem mar adentro entrando então na LAGOA DO IMARUI, mas, chegou a uma
entrada que era a foz do Rio Aratingaúba, como não tinha calado (fundura)
suficiente, abandonou o veleiro e embrenharam – se na mata encontrando uma CACHOEIRA
com uns BURACOS (poços tipo pilões) nas lajes (pedras), que foram feitos pelos
nativos para depositarem seus falecidos e por muitas vezes esconderem certas
riquezas, então o Coronel ordenou que fosse depositado no BAÚ em um dos buracos
(pilões). Os escravos do referido Coronel construíram uma casa que serviu de
refúgio e esconderijo para ele e seus escravos e por lá permaneceu até morrer.
Com o passar dos tempos os
descendente dos escravos com os nativos e os próprios descendentes do Coronel
Macedo formaram a comunidade que creio ser, de SÃO TOMAZ. Esses descendentes
sabiam de sua origem e NÃO se conformavam com a situação.
Certa vez um homem de cabelos e
barbas longas, pegou carona em uma das embarcações na Barra de Laguna, mas
ninguém o conhecia, era um viajante estranho que veio e chegou até o povoado,
sendo que lá numa venda (boteco) sem ninguém perceber se paramentou e
transformou o balcão num ALTAR e rezou a
1ª MISSA, no local que hoje creio ser a IGREJA DE ARATINGAÚBA. Então com o
passar dos tempos o povo soube que o PADRE era sobrinho do CORONEL MACEDO e o
Reverendo sabendo dos fatos os orientou
a DEVOLVER TODO O OURO para o REI DE PORTUGAL, pois todos seriam ricos, mas
ilicitamente. Não era justo porque era roubado. E assim foi feito. O referido
Padre providenciou o contato e o Rei mandou buscar e assim pagaram a dívida que
Portugal tinha com a Inglaterra.
Uma enorme quantidade de ouro
levada do Brasil e consequentemente
para Inglaterra daria para ASFALTAR DE OURO
TODAS AS RUAS DE LONDRES.
Assim pela FÉ a JUSTIÇA SE FEZ! Creio ser a
ÚNICA SALVAÇÃO DO BRASIL, HOJE. Fim.
Uma história interessante. Será verdadeira?
ResponderExcluirA veracidade só "Deus sabe", mas conheço o local e o casarão virou pousada, o poços existem, bem como o rio e a cachoeira.
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