Meus tempos de infância, que passo a relatar,
Muitas coisas na memória com saudade vão lembrar.
Da casa de tijolo maciço, onde uma criança nascia,
Na localidade Barreiros, 13 de maio de 57, era o dia,
Um belo dia de sol que de repente escurecia
Foi naquela velha estrada, com o carro de boi a cantar
Todos os filhos a pé e com a mãe a rezar,
Trazendo a mudança, para na nova casa morar.
Os pequenos a estranhar, mas todo mundo contente.
Conhecer muita gente p/uma nova vida levar.
Nos meus idos de menino, ajudei a construir a Igreja a São Sebastião,
Com os amigos do meu pai, cujo nome é João.
Brincava de caçamba (“tomberinha”), carregando areão
Com outros meninos se jogava quem carregava maior torrão.
Entre eles tinha o tal de “rolinha” que era muito brigão.
Trabalhava “ajudando a casa” buscando água no poço e até lenha picava,
Minha mãe, de nome Josina, prá pegar vassoura no mato, sempre me mandava.
Ajudava raspar mandioca, lavava tipitis na cachoeira, consertava o peixe
E até camarão descascava.
Quando já adolescente, ajudava o padre na missa e até fui pro Seminário,
Muitos rezavam pro menino continuar no educandário.
Fazia procissão, enterros e era chamado para celebrações
Onde dava até sermões.
Fundou Grupos de Jovens, participando de retiros e reflexões.
Em plena juventude aos 29 anos outro rumo tomou
E por uma grande mulher (enfermeira) se apaixonou,
Veio morar em Imbituba e com Maria Antonieta, na Matriz Conceição se casou.
Tem dois amáveis filhos, Danielly e Eduardo
Todos formados e com objetivo bem traçado.
Agora que já conclui a Universidade
O que pretendo é viver aposentado,
Ir ao bailão, ir á praia e ir á igreja
E ter um futuro mais sossegado.
Enfim:
Morrer e aos Céus ser elevado. Rsrsrrrr
Morrer e aos Céus ser elevado. Rsrsrrrr
Imbituba, 13 d Abril de 2011.